A partir do poema "Mãos de meu pai" do poeta Mário Quintana, escrever paródias que poderão ter o mesmo título.
Dependendo do grau de desenvolvimento da criança o poema pode ser escrito individual ou coletivamente. Acredito ser essa uma boa experiência de produção de textos. Após a escrita do poema cada aluno poderá fazer uma bela ilustração.
O poema que servirá de ponto de partida para a paródia está logo a seguir:
As Mãos do Meu Pai
Mario Quintana
As tuas mãos têm grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
- como são belas as tuas mãos -
pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram
na nobre cólera dos justos...
Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predileta,
uma luz parece vir de dentro delas...
Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos
e tenta acendê-los contra o vento.
Ah, Como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.
E é, ainda, a vida
que transfigura das tuas mãos nodosas...
essa chama de vida - que transcende a própria vida...
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma...
Nenhum comentário:
Postar um comentário